quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Sabias que:
No entanto, algumas escolas actuais reconhecem que Aristóteles, outros pensadores gregos e os pensadores escolásticos do final da Idade Média também deram contribuições importantes à ciência económica.
No século XIX, Karl Marx fez a crítica mais influente à economia de mercado e à ciência económica ao defender que esta forma de organização económica é uma forma de exploração do homem pelo homem. Marx defendia que toda riqueza era produzida pelo trabalho humano e que os donos do capital se limitavam a apropriar-se da riqueza produzida pelos trabalhadores.
Os argumentos de Karl Marx não convenceram os defensores da economia de mercado já que foram criticados por Böhm-Bawerk, Ludwig von Mises, Friedrich Hayek e outros. Estes constituíam a escola neoclássica que dominou o pensamento económico até à década de 30 do século XX. Segundo a escola neoclássica, o preço de um bem ou serviço não representa o valor do trabalho nele incorporado. Assim sendo é o equilíbrio entre oferta e demanda que determina os preços. Depois de estabelecido, o preço actua como um sinalizador das quantidades dos estoques de bens e serviços. Por exemplo, uma variação nos preços indicaria aos consumidores que determinado bem requer mais ou menos unidades monetárias para ser adquirido, o que incentivaria ou inibiria o consumo. Já para os produtores, indicaria que os consumidores estariam dispostos a pagar mais ou menos unidades monetárias pelo bem ou serviço, o que, novamente, incentivaria ou inibiria o produtor a ofertar o bem ou serviço (dado seu custo de produção constante). Assim sendo, o mercado, através da sinalização dos preços, tenderia ao equilíbrio ideal em termos de alocação de recursos escassos.
Nos anos 30, a teoria económica neoclássica foi posta em causa por John Maynard Keynes. A teoria macroeconómica de Keynes previa que uma economia avançada poderia permanecer abaixo da sua capacidade, com taxas de desemprego altas tanto da mão de obra quanto dos outros factores de produção, ao contrário do que previa a teoria neoclássica.
Keynes propôs intervenções estatais na economia com o objectivo de estimular o crescimento e baixar o desemprego. Para intervir, os estados deviam aumentar os seus gastos financiados e não aumentar seus impostos gerando uma diferença entre a arrecadação e os gastos. Esta diferença seria preenchida com a emissão de moeda, que por sua vez geraria inflação.
As ideias de Keynes permaneceram em voga nas políticas económicas dos países ocidentais até os anos 70. A partir daí, a política económica passou a ser orientada pelos economistas neoclássicos. Os keynesianos, contudo, ainda são muito numerosos. Apontam os neoclássicos que o estado empreendedor de Keynes era oneroso, burocrático e ineficiente e devia permitir o livre funcionamento do mercado.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
A Reforma de Bolonha
A FEUC decidiu que apenas avançaria para a aplicação da “Reforma de Bolonha” no ano lectivo de 2007/08. A aplicação dos princípios de Bolonha ao nível do 1º Ciclo (Licenciatura) deve levar a uma alteração das práticas pedagógicas a que estamos habituados. A responsabilidade de leccionação, de aprendizagem, de aquisição autónoma de conhecimentos e de acompanhamento dos estudantes têm de ser profundamente alteradas.
Adaptar currículos, cortando semestres, e declarar que já se aplica “Bolonha", pode fazer-se sem grande esforço. No entanto, a desejada “Reforma de Bolonha” exige reflexão. A criação de um novo ideal de Licenciatura deve partir da identificação das competências desejadas para o novo Licenciado. Estas competências devem permitir-lhe saídas profissionais ou a prossecução de estudos mais avançados, os do chamado 2º Ciclo e, depois, do 3º Ciclo. A FEUC optou pela solução mais exigente, mas mais consequente com as suas responsabilidades de ensino e investigação, como instituição internacional de mérito reconhecido.
A Licenciatura de Economia terá 3 anos no ano lectivo 2007/08. Após os 3 anos de Licenciatura, todos os estudantes Licenciados poderão fazer um (Mestrado) de 3 semestres lectivos. O (Doutoramento) terá a duração de 7 semestres lectivos. Poderão ainda fazer um curso de 1 ano (4º ano) de 2º Ciclo3º Ciclo“estudos avançados” (1º ano do 2º Ciclo). Para inscrição como economista a Ordem dos Economistas exige 4 anos de ensino.
Os 3 anos do 1º Ciclo e o 1º ano do 2ºCiclo terão as propinas que forem fixadas de acordo com a Lei geral.